sexta-feira, 22 de outubro de 2010

 PROPOLIS VERMELHA



Uma substância cobiçada pela indústria farmacêutica do mundo todo transformou a própolis vermelha num produto de alto valor no mercado. E esse tipo de própolis só existe num lugar aqui no Brasil, no litoral de Alagoas.  Vamos, então, saber que substância é essa. E visitar uma criação de abelhas no meio do manguezal, um lugar que desperta a atenção e o interesse de negociantes internacionais.Dos 17 municípios que compõem a faixa litorânea de Alagoas, 12 têm apicultores que trabalham com a própolis vermelha. Em Marechal Deodoro, um dos mais conhecidos é José Marinho de Lima, que atravessa a lagoa Manguaba para nos encontrar. Junto dele, está o filho Carlos.

A viagem até o outro lado da lagoa não demora mais do que 15 minutos, tempo suficiente para Marinho lembrar de vinte e poucos anos atrás, quando começou sua criação de abelhas. “Tudo improvisado. Até caixa nós tivemos que improvisar, tudo improvisado, porque, naquela época, em Alagoas, não se falava nem em abelha. A propriedade era de bisavós, de avós, de pai. Uma coisa interessante, a apicultura, porque o indivíduo que entra na linha da apicultura normalmente não sai mais, porque é apaixonante”, diz.

“A placa é para prevenir, porque é a segurança. Já está avisado de que não deve destruir nada aí, não deve fazer zoada. Passar, ele pode passar tranquilo, só não pode mexer nas caixas”, explica Marinho.Em terra firme, ainda temos uma pequena caminhada ilha adentro. Além de suas 200 caixas de abelha, Marinho conta com exatos 671 coqueiros. Tudo caprichadamente numerado. “Os produtivos estão todos numerados. Agora tem muitos coqueiros novos que ainda não foram numerados porque não estão na faixa de produção ainda”, diz.

“O máximo que eu tirei é 8.500 cocos, mas fica em torno de cinco mil cocos, seis mil cocos, de dois em dois meses ou de três em três”, explica o apicultor Carlos Lima, andando pelo coqueiral.Ele ajuda o pai apenas com as abelhas. “Já levei muita picada. No começo, eu passava dois três dias sem conseguir. Ficava inchado, delirando, com febre. De tanto levar, acostumei um pouco, mas sofri um bocado”, diz Carlos.Bem perto da entrada do apiário, o coqueiro de número um indica que é hora de colocar a roupa de apicultor. “Esquenta um pouquinho, mas só que aqui a gente é protegido também pela natureza. As árvores são altas, tem essa vantagem, essa grande vantagem. Sombreado é o apiário ideal para a produção da própolis. Nossa própolis é diferente. Em vez de ela ser seca, ela é liguenta, e, se ao sol, derrete como chiclete”, explica o apicultor.

No apiário, a fumaça serve para acalmar as abelhas, mas, antes da coleta da própolis, vale uma explicação.Uma caixa de abelhas voltada para a produção de mel é assim, fechada de todos os lados. Só mesmo o alvado embaixo para elas entrarem e saírem. Já quando o objetivo é a produção de própolis, a caixa tem esses vãos, deixados de propósito pelo apicultor para estimular a vedação. “A estrutura tem a finalidade de vedar todas as frestas da colmeia para evitar o ataque de predadores, para evitar o excesso de luminosidade, para evitar o excesso de corrente de ar. A tendência é fechar tudo”, afirma Marinho. “O coletor de própolis funciona da seguinte forma. É removível. Quando você remove o coletor, a própolis está aqui. Você tira um e automaticamente já coloca outro. Tira um e, ao mesmo tempo, vir com outro e colocar no mesmo lugar”, explica o apicultor.

De volta ao apiário, veja como as abelhas trabalham para fechar as brechas do coletor. Elas parecem incansáveis. E, geralmente, depois de uma semana...“Aqui está na faixa de trinta gramas, mais ou menos, de própolis. Isso varia. Eu já consegui tirar aqui numa semana 2,7 kg de própolis. Foi o máximo. Mas aí varia, 1,8 kg, 1,7 kg, 2,1 kg. Fica variando. O mínimo foi 200 g por semana. Isso é sazonal, depende do tempo. Tem abelha que numa semana está cheia de própolis. Na outra semana, ela não tem nada”, diz Marinho.

“O trabalho da própolis é mais simples. Você basta usar o coletor e vai ser um trabalho externo. Já para o mel, nós temos que abrir da caixa e temos que tirar o alimento, que é o alimento da abelha. É a mesma coisa de uma pessoa tirar o alimento da sua casa”, afirma Carlos. E para não enfraquecer a colmeia, Marinho e o filho Carlos não tiram o mel das abelhas.“Olha, você está vendo aqui três caixas, três coletores, numa alta produtividade. É simplesmente notável a quantidade de própolis que tem aqui. Se você conseguir uma repetição disso, é um espetáculo, um espetáculo. Uma produção dessa não é comum”. A própolis vermelha só dá onde tem o rabo de bugio, uma planta típica do manguezal.

Você que consome mel com frequência sabe que, dependendo da florada, o produto tem cor e sabor diferentes. O mel de laranjeira, por exemplo, não é igual ao mel de eucalipto, de cana-de-açúcar e assim por diante. O mesmo ocorre com a própolis. Ela muda de característica de acordo com a vegetação de cada região. O Bruno Cabral é biólogo e vai mostrar o rabo de bugio, a planta de onde as abelhas tiram a resina para produzir a própolis vermelha.

“É quase que uma trepadeira. Ela é uma planta que faz parte do grupo das leguminosas, que é mesmo grupo da soja, da alfafa, do feijão. O nome científico do rabo de bugio ou bugio, como é popularmente conhecido, é Dalberguia ecastaphilum. A ocorrência principal dela vai desde o sul da Flórida até o limite sul do Brasil e existe também registro na costa leste do continente africano”, diz Cabral.Com o rabo de bugio por perto, a abelha aproveita qualquer fissura no galho para raspar a resina e levá-la para sua colmeia. Em alguns momentos, elas rodam, rodam, como se estivessem dançando. O vermelho intenso da resina é o que dá a cor para a própolis. Com a perninha de trás carregada, as abelhas levantam vôo.

Dos treze tipos de própolis existentes no Brasil, cinco são da região Sul, um dos estados do Sudeste e sete do Nordeste. A própolis vermelha de Alagoas foi a última a ser descrita e catalogada pelos pesquisadores. A sua particularidade é uma substância nobre chamada isoflavona, que tem dado o que falar.Este é o laboratório onde trabalha o agrônomo Severino Alencar, na Esalq, em Piracicaba, São Paulo. Severino coordena o grupo de estudos em própolis do CNPq, que envolve a USP, a Unicamp e a Universidade Federal de Alfenas, em Minas Gerais.

“Nós já investimos, em quatro anos, em torno de R$ 1,2 milhão. Essa é a primeira vez que a gente tem uma quantidade de recursos significativos para estudo de uma única própolis. É um produto natural, rico em isoflavonas. Nunca se encontrou isso uma própolis brasileira e com grande de aplicação na indústria de alimentos e farmacêutica”, diz Severino.A isoflavona é uma substância geralmente encontrada em plantas das famílias das leguminosas. A mais famosa delas é a soja. Sobre a isoflavona da própolis vermelha, os estudos indicam um futuro promissor. “A gente mostra que realmente é uma boa fonte de combater radicais livres. E quem não gostaria de envelhecer com qualidade, já que nós envelhecemos por ataque de radicais livres”, afirma o pesquisador.

Ainda em Piracicaba, bem pertinho do professor Severino, trabalha o doutor Pedro Rosalen, farmacêutico e professor da Faculdade de Odontologia da Unicamp. Em seu laboratório, há 12 anos vem analisando os mais diversos tipos de própolis, da verde à marrom, e, agora, a vermelha.Em todas elas, encontrou bons resultados no combate à formação da placa dental, “que é o início, muitas vezes, de problemas de saúde odontológica, da saúde bucal, como a cárie dental e a doença de gengiva”, explica.

“Ela mata a bactéria causadora dessa placa no dente. Mas o mais curioso é que, em baixa concentração, ela não mata a bactéria, ela diminui o que nós chamamos de fatores de virulência. Porque não adianta você matar a bactéria especialmente numa ambiente como a boca, porque, dali a alguns minutos, nós vamos ter outras bactérias povoando a boca novamente. Então, talvez, uma forma mais eficiente de combater essas bactérias da boca seja diminuindo ou enfraquecendo o seu poder de causar doença”, explica o farmacêutico.Por conta de descobertas assim, a procura pela própolis vermelha chamou a atenção do mercado internacional, principalmente do Japão. O interesse dos japoneses pela própolis vermelha é tamanho que, uma vez por ano, eles desembarcam aqui em Alagoas para visitar os apiários. Só que tudo em segredo, tudo em sigilo. Tanto que eles acabaram de descer daquela lancha e não quiseram gravar nenhuma entrevista e nem permitiram que a nossa equipe de reportagem acompanhasse esse momento.

Ainda assim, conseguimos flagrar uma pequena movimentação, até que fomos autorizados a conversar com o exportador Cezar Ramos Júnior, que, há 16 anos, vende uma outra própolis, a verde, para esses compradores. “Não sabemos o que vai ser produzido, e, na verdade, ainda são em escalas muito pequenas. Vamos dizer que hoje ainda é escala em nível de pesquisa”, diz.Os japoneses já detêm 43% das patentes de própolis no mundo inteiro, e são eles que compram a maior parte da produção da própolis vermelha de Alagoas, que, hoje em dia, gira em torno de uma tonelada e meia por ano.Para organizar toda a cadeia de produção e comercialização da própolis vermelha, desde 2007 o Sebrae vem trabalhando junto aos apicultores. A analista técnica Amanda Bentes é quem presta assessoria nos projetos que envolvem esse nobre produto de Alagoas.

“A própolis na cor vermelha existe em outros países, inclusive na África. Porém, com as propriedades diferenciadas, essas que estão sendo buscadas pelo mercado, só é produzida em Alagoas. O próximo passo é a gente conseguir uma indicação geográfica. Indicação geográfica é um selo de qualidade que é cedido pelo INPI, Instituto Nacional de Propriedade Industrial, o qual corresponde que aquele produto ele é natural, tem uma forma diferenciada de fabricação, tem propriedades diferenciadas e que são respeitadas pelos produtores locais”, diz Amanda.

Enquanto a indicação geográfica não vem, enquanto as pesquisas avançam e enquanto o mercado da própolis vermelha se consolida, o litoral de Alagoas só tem a ganhar com o desenvolvimento dessa atividade em seus manguezais, como ressalta o biólogo Fernando Pinto, do Instituto para Preservação da Mata Atlântica.“Quisera eu que todos os outros ecossistemas descobrissem uma própolis de cada cor para que a gente pudesse ter em cada ecossistema um grupo, como são esses apicultores, preocupados em preservar essas áreas. Se você não preservar a mata, atinge o manguezal. Se não preservar o manguezal, você atinge a Mata Atlântica. Não tem como você dissociar esses dois ecossistemas”, afirma Fernando. Vale lembrar que nem toda própolis vermelha contém isoflavona. Só exames de laboratório podem confirmar essa qualidade no produto.

Fonte: Globro Rural, exibido 17/10/2010

terça-feira, 19 de outubro de 2010


APIS - Apicultura Integrada e Sustentável


Veja o video abaixo sobre o Planejamento Estratégico da Casa Apis

  Conheça o projeto de Apicultura do Sebrae e sua atuação no mercado brasileiro no esforço em promover uma atividade integrada e sustentável


 
O Projeto APIS – Apicultura Integrada e Sustentável, tem atuação direcionada em 15 estados selecionados. Possibilita aumentar o foco no fortalecimento das estruturas de coordenação e governança da cadeia produtiva apícola. Define como principais objetivos: estruturar, integrar, monitorar e apoiar a implantação de um conjunto de projetos e ações, orientando a viabilização do negócio.

O momento atual da apicultura exige uma mudança de comportamento e nos estimula na articulação de forças para enfrentar os novos e grandes desafios, individuais ou coletivos. Bom tempo para refletir sobre a prática construída nas ações associativas e  em parcerias, como forma de integrar interesses, objetivos e necessidades comuns.

O slogan da REDE APIS, associando recursos e integrando competências para viabilizar negócios, abrange desde a colaboração na formulação e execução de projetos e programas até a implementação das iniciativas que facilitam a criação de organizações, em que os indivíduos possam manifestar seus interesses, buscando resultados compartilhados.

Estruturados num modelo orientado na obtenção de resultados, definido pelo públicosalvo, em que a promoção da cultura de cooperação e articulação de parcerias são a base para a viabilização de negócios. Os projetos de apicultura da Rede APIS buscam a integração de todos os atores que interagem no âmbito local, regional nacional e internacional, dentro de uma visão sistêmica, que considera os diversos fatores (econômico, social, cultural, político,  científico e tecnológico) que interferem no desenvolvimento).

A perspectiva de desenvolver um trabalho em rede surgiu da constatação que nenhuma organização, isoladamente, pode responder ao desafio de viabilizar uma "Apicultura Integrada e Sustentável". O debate sobre as dificuldades, os desafios comuns e a troca de experiências demonstraram a necessidade da cooperação, do estabelecimento de parcerias ou de alianças estratégicas, para  superar obstáculos, assegurar e maximizar resultados.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para facilitar essa prática foi a da Gestão Orientada para Resultados (GEOR), ferramenta adotada pelo Sebrae para construir e gerir os Projetos Finalísticos da Instituição, com foco na obtenção de resultados pactuados e contratualizados com o público-alvo e parceiros.

Desde o início do Projeto, em 2003, em articulação com 245 parceiros em âmbito internacional, nacional, estadual e municipal, o Sebrae vem apoiando a implantação de projetos de apicultura, abrangendo 408 municípios, beneficiando, diretamente, 12.813 apicultores, organizados em 275 associações e 42 cooperativas,  com uma produção de 7.457 toneladas de mel, equivalente a mais ou menos  23% da produção nacional (estimativa do IBGE).

Não obstante os esforços de fortalecimento do agronegócio apícola, os apicultores vêm convivendo com limitações estruturais aliadas às dificuldades de acesso à tecnologia, aos serviços de assistência técnica e, principalmente, aos mercados, em face da desorganização da oferta, ao baixo consumo interno de mel e produtos da colmeia e,  mais recentemente, ao embargo do mel pela União Europeia.

Apicultura sustentável

Apesar desse cenário, a apicultura brasileira reúne alguns requisitos que a coloca num elevado potencial de inclusão, sob o aspecto ambiental, econômico e social capaz de gerar ocupações "socialmente justas", "ambientalmente corretas" e "economicamente viáveis". A apicultura é uma das atividades econômicas que mais se enquadra no conceito de Sustentabilidade amplamente propagado pelo mundo, pelos seguintes motivos:

- Estima-se que a cada R$ 5 mil investido na apicultura é gerado um emprego ou uma ocupação;

- A apicultura é uma das raras atividades que não tem nenhum impacto ambiental negativo, pelo contrário, transforma o apicultor em um "ecologista prático";

- A polinização intensiva realizada pelas abelhas do gênero Apis, favorece a manutenção da biodiversidade, impactando positivamente a sustentação do ecossistema local, permitindo ganhos de produtividade em diversas culturas;

- Cada vez mais, os grandes laboratórios descobrem nos produtos da apicultura, especialmente na apitoxina, na própolis e no pólen, novas formas de aplicação com fins terapêuticos;

- Aumento no consumo interno e externo do mel. (Brasil = 60 gramas/ano; EUA = 910;  Alemanha =  960; e Suíça =  1.500  gramas/habitante/ano);

- Elevado potencial de incremento na produtividade. Por meio do "manejo adequado", ou seja, pela adoção das "Boas Práticas Apícolas", pode-se triplicar a produtividade: de 16kg para 48kg/colméia/ano;

- Disponibilidade de matéria prima. Atualmente explora-se apenas 15% do potencial da flora apícola brasileira. Estima-se que o país tenha um potencial inexplorado de, pelo menos, 200 mil toneladas de mel, além dos demais derivados;

- Elevada capacidade ociosa das indústrias (entrepostos) de beneficiamento de mel;

- Alta qualidade do mel brasileiro, pela maior rusticidade das abelhas africanizadas em relação às abelhas do gênero Apis no mundo inteiro, reduzindo custos e dispensando uso de drogas veterinárias;

- Elevado potencial para produção do mel orgânico, pela disponibilidade de plantas melíferas e silvestres, isentas de pesticidas e herbicidas;

- Potencial de produção no Brasil de derivados de mel com alto valor agregado, através do "marketing", do "design" e da "certificação".

No entanto, como todo bom negócio, para ser sustentável é fundamental um bom planejamento. É preciso ter uma visão sistêmica do agronegócio apícola e uma abordagem da cadeia produtiva, estimulando alianças estratégicas em todos os seus elos. Uma tarefa que demanda a integração, o engajamento e o compromisso de todos os envolvidos,  que deve ser assumido e protagonizado pelos representantes, apicultores e empresários do setor.

Autor: Alzira Vieira, Reginaldo Resende
Fonte: Apicultura - Manual do Agente de Desenvolvimento Rural 
http://www.youtube.com/watch?v=VSSRFkI24iw


terça-feira, 12 de outubro de 2010


Rio Grande do Norte sedia maior evento mundial de apicultura
Congresso terá investimento de R$ 800 mil; estima-se que cerca de 2 milhões sejam deixados no Estado por turistas e congressistas.




A produção e exportação de mel no Rio Grande do Norte tem sido destaque da apicultura nos cenários nacional e internacional. Segundo dados do IBGE, o estado é o 6º maior exportador do Brasil, e o município de Apodi, que fica a 328 km de Natal, é o maior produtor do estado e o 2º no ranking nacional.

Para intensificar a atividade e contribuir para o desenvolvimento do setor, a capital potiguar foi escolhida para sediar no período de 11 a 14 de outubro, o maior evento mundial do segmento de Apicultura - o X Congresso Iberolatinoamericano de Apicultura e a Apiexo 2010, que serão realizados no Centro de Convenções. Nesta edição, o tema principal será “O Meio Ambiente e a Apicultura no Agronegócio”.

O evento será importante para a capacitação dos apicultores potiguares porque irá proporcionar uma série de atividades voltadas para o segmento. São quatro dias com uma extensa programação que inclui Conferências, Mini conferências, Rodada de negócios, Concursos, Feira internacional, Visitas técnicas pós-congresso e Simpósios, reunindo pesquisadores de renome internacional.

Nos últimos oito anos o Sebrae capacitou 6.200 apicultores. Estes novos profissionais contribuíram para que a produção de mel no Rio Grande do Norte saltasse de 150 toneladas para 2.300 toneladas/ano. Parte dessa produção é hoje exportada para os Estados Unidos. No passado 1.951 toneladas foram vendidas para estados americanos.O mel produzido no RN também é vendido para a Conab – Companhia Nacional do Abastecimento, Emater, além da venda porta em porta.

A expectativa é que com a realização do congresso em Natal, a economia local sofra um impacto considerável no setor. Para se ter uma idéia, o evento tem um investimento de R$ 800.000,00 sendo mais de 95% deste montante aplicados em fornecedores locais. Estima-se que cerca de 2 milhões seja deixados aqui pelos turistas congressistas.

O evento contará com a APIEXPO, formada por 135 estandes que vão expor e comercializar desde equipamentos específicos para o segmento apícola a produtos medicinais e cosméticos utilizados na apiterapia e cosmetologia. 

Dentro da programação será promovido um concurso que pretende estimular e integrar os grupos presentes. Os participantes podem escolher entre oito categorias: Mel, Artesanato, Fotografia, Rótulo, Livro, Invento, Caravana, Apicultor mais jovem e Apicultor mais antigo. Os jurados do concurso serão membros da comissão científica.


Fonte: Quinta-feira, 07/10/2010 às 16h14  http://www.nominuto.com


Exportando Mel em Minas Gerais

Fonte: TVExportaminas, acesso 12/10/10 ás 23:01



segunda-feira, 11 de outubro de 2010


Rondônia leva apicultores a congressos em Mato Grosso
Delegação será composta principalmente por produtores de dois projetos apícolas desenvolvidos em vários municípios do estado




O Estado de Rondônia conclui preparativos para levar uma das maiores delegações de apicultores do Sistema Sebrae a Cuiabá (MT), onde acontecerão o 18º Congresso Brasileiro de Apicultura e o 4º Congresso Brasileiro de Meliponicultura. Simultâneos, os eventos ocorrerão no Centro de Convenções do Pantanal, na capital mato-grossense, entre os dias 19 e 22 e maio.

A delegação rondoniense, com 80 integrantes, ajudará a consolidar o público de 7,5 mil visitantes e 2,5 mil congressistas, formado por apicultores, meliponicultores, pesquisadores, empresários, estudantes e demais interessados.

De acordo com os organizadores, o evento contará com sete espaços específicos, incluindo institucional, Brasil Ápis, Shopping do Apicultor, gastronomia, arte e design, apicultura indígena, além de saúde, beleza e bem estar.

Rondônia será também um dos Estados que contarão com estantes institucionais do Sebrae, expondo informações, produtos e serviços dos dois projetos que desenvolve em sua região. Um deles será o Proapis Mercado, abrangendo os municípios de Vilhena, Colorado do Oeste e Cerejeiras. O outro, a Apicultora Zona da Mata, integrado por Rolim de Moura, São Miguel do Guaporé e Seringueiras. Juntos, geram uma produção anual de 140 toneladas.

Haverá também exposição de produtos da Cooapa (Cooperativa Apícola Portal da Amazônia), participante do Proapis Mercado, segundo informa o gerente regional do Sebrae em Vilhena, Rangel Vieira Miranda. Ele estará à frente da delegação rondoniense, assim como Alberto Ferreira Saavedra e Joelson Agustinho.

Também estarão participando apicultores dos municípios de Cacoal, Porto Velho, Espigão do Oeste, Ouro Preto do Oeste, Presidente Médici, além de Alta Floresta.

Os caravaneiros da apicultura de Rondônia participam dos congressos de apicultura e meliponicultura para adquirir novos conhecimentos e novas tecnologias, além de expor produtos. “Eles também participarão de cursos, clínicas teconológicas, palestras e conferências, de fundamental importância para o setor apícola”, destaca Ferreira Saavedra.

Parceiros

As delegações de apicultores de Rondônia partirão em ônibus fretados para o evento dos municípios de Cacoal, na região central do Estado, e outro de Vilhena, na região sul. Os dois congressos são organizados pela Federação Mato-grossense de Apicultura, Confederação Brasileira de Apicultura, governo de Mato Grosso e Sebrae.

São parceiros dos projetos Ápis em Rondônia Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, governo do Estado, prefeituras municipais das regiões, Senar e associações de apicultores. “O importante, nessa ação é que contamos com o apoio de todas as prefeituras, da Emater e da Seagri (Secretaria de Agricultura do Estado)”, afirma Pedro Teixeira Chaves, superintendente do Sebrae/RO.

As últimas edições dos congressos de apicultura e meliponicultura ocorreram em 2008, em Belo Horizonte (MG).



Fonte:     05.05.2010 | 17:00  http://www.agenciasebrae.com.br