quinta-feira, 30 de setembro de 2010

MELHOR APROVEITAMENTO DAS COLMEIAS
Própolis



O nome própolis tem sua origem no prefixo grego pro, que significa antes ou em prol, e o sufixo polis, que quer dizer cidade ou povoado. A própolis é uma resina vegetal que as abelhas coletam de certas plantas, principalmente das coníferas ou de espécies nas quais o produto é encontrado na casca, em forma resinosa; em outras, é achada nas gemas prestes a florescer, a exemplo do que ocorre no pessegueiro, na ameixeira etc. Há casos em que até nas folhas verdes as abelhas encontram a própolis. As abelhas coletam esse material com o uso de suas mandíbulas, com as quais o raspam e o tornam maleável, manipulando-o com as patas, até fixarem a própolis em suas corbiculas (nas patas), como se fosse pólen, transportando-a depois, até a colméia.

Utilidade na colméia

     Como material de construção, para envernizar e impermeabilizar as paredes dos favos, antes da postura da rainha, assim como as demais paredes, feto, assoalho e quadros da colméia. Para cobrir inimigos invasores mortos pelas próprias abelhas e que não possam ser retirados, embalsamando-os. Para fechar frestas e reduzir o alvado durante o frio e até para defesa contra inimigos. Para isolar tudo de que as abelhas não gostam e possa vir a comprometer a sobrevivência da família. Para servir de desinfetante da colméia, eliminar fungos, etc., em favor da saúde das abelhas.


Coleta

Para obter própolis das colméias, os principais métodos são os seguintes: Ao abrir a caixa, nota-se de imediato a presença da própolis, que é usada pelas abelhas para grudar ou colar a tampa e nos momentos já é possível raspar a própolis da tampa, quadros, etc., durante a revisão. Para esta oportunidade, o apicultor sempre deve levar um saco plástico para coletar e transportar a própolis. Consiste na colocação, entre o último componente da colméia (ninho ou melgueira) e a tampa, de uma tela plástica, igual àquelas usadas contra mosquitos, etc. dentro de algumas semanas, as abelhas, não conseguindo remover a tela, irão fechar os furinhos com própolis. Dentro de dois a três meses, conforme a época, o apicultor verifica e recolhe a tela e, se estiver impregnada de própolis, coloca-se no freezer por 24 horas para ficar quebradiça e facilita a sua remoção, por fricção. Esse método pode proporcionar uma produção maior e de primeira qualidade. A colocação da tela deve ser no outono, depois da última safra, conseguindo-se obter de 50g a 75g por tela em aproximadamente 60 dias, mas tudo depende das abelhas e da região. Método bastante usado e que produz própolis em escamas, de primeira qualidade, é o da colocação de pequenos calços de 15 mm ou sarrafos nas quatro extremidades ou cantos da colméia, entre o ninho e a tampa.

Recomendações para depois da coleta

  Guarde a própolis em sacos plásticos e mantenha na geladeira ou freezer até o seu processamento para evitar proliferação de predadores. A  própolis ainda muito pegajosa (mole) precisa ser deixada ao tempo pata maturar (endurecer) e somente depois guardada. A que é coletada das partes superiores da colméia é de melhor qualidade do que a raspada no alvado (tem menos impurezas)


Preparo da solução ou tinturassolução

A própolis na forma de resina poderá ser dissolvida em solventes como álcool etílico 94 GL ou em glicolpropileno. Mistura-se a própolis em um dos solventes acima, numa concentração de até 35%.Exemplos:Própolis moída e livre de impurezas (resina) 350g. Álcool etílico ou glicolpropileno até completar um litro. Colocar a mistura em recipiente fechado durante 30 a 40 dias em temperatura ambiente. Durante esse período, agitar a mistura diariamente por cerca de 10 minutos. Depois do período de 30 a 40 dias, colocar o produto em refrigeração por 24 horas e filtrar em algodão (duas vezes) ou papel filtro a quatro vezes.


Observação:


O filtrado deverá ser escuro e livre de sujeiras.  É estável, mas tem que ser guardado em frasco escuro e hermeticamente fechado. O filtrado é também chamado de extrato de própolis. Pode ser usado misturado ao mel na proporção de 2 milímetros do extrato para 100 gramas de mel, ou em preparados terapêuticos e cosmetológicos da indústria farmacêutica. 30 a 40 gotas de extrato em 1/3 de copo com água duas vezes ao dia é recomendado no tratamento de resfriados.

Como usar

      Adultos: 30 a 40 gotas com um pouco de água (1/3 de copo) até duas vezes ao dia. Crianças:5 a 10 gotas dissolvido em água (1/4 de copo).  Em forma de mel com 5% de própolis: uma colher de chá, duas a três vezes ao dia. Para crianças, vale a metade da colher de chá. Externamente: passar ou pingar a tintura pura sobre o local afetado, entre uma e três vezes ao dia.

O que é feito com seu extrato?

É elaborado um grande número de subproduto, entre eles a tintura de própolis, xaropes, balas, pomadas, ungüentos, sabonetes mel com própolis e outras fórmulas.

O que ela tem?

As análises laboratoriais revelam que a própolis consiste de:
  • Resinas e bálsamos: 55%
  • Cera: 30%
  • Óleos voláteis: 10%
  • Pólen: 0,5%


Uso humano

No tratamento de tumores malígnos, bronquites (tuberculoses), eczemas agudos e crônicos, feridas diversas, purulentas e também calosidades, infecções micóticas dos pés, principalmente dos dedos, afecções micóticas na pele, inflamação da garganta, inflamação dos brônquios, da laringe e da mucosa nasal, e indicada na cura de aftas e de gengivites.Externamente é excelente para queimaduras, feridas, micoses, verrugas, picadas de insetos, dor de dente, entre outras.

Fonte: Estado de Minas, segunda – feira, 27 de setembro de 2010.


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Apicultores mineiros investem na produção de pólen

Uma nova técnica de colher o polén faz os lucros dos apicultores aumentarem




Há nove anos o apicultor Róbson Benedito Brandão produz pólen na zona rural de Munhoz. Em busca de uma maior produtividade ele observou por anos o comportamento das abelhas e desenvolveu uma técnica que fez com que os lucros aumentassem. Primeiro ele mantém enxames pequenos. Segundo, faz o controle diário da alimentação das abelhas. O excesso de mel é retirado da colméia. Sem essa reserva elas colhem cada vez mais pólen." As abelhas chegam carregada com pólen, que é retirado com facilidade, pelas telas na entrada da colméia, sem que elas percebam. Aí ela chega ao centro do ninho e sente que está sem o pólen, então ela volta para o campo para fazer novas coletas. Quanto mais ela tráz e esse polén não entra, maior é o número de abelhas no campo para tentar recolher", diz o apicultor.Com essa nova técnica, a quantidade de pólen impressiona: em apenas uma colméia, Róbson chega a retirar em média 400 gramas do produto. Na produção convencional, essa coleta não passa dos 100 gramas."A gente recomenda que o agricultor colete esse pólen diariamente no fim da tarde, a partir da coleta ele vai para o friezer,onde é congelado por no mínimo 24 horas. Depois do congelamento ele vai para a desidratração, e em seguida para o beneficiamento", diz Róbson.


Leandro Figueiredo Faleiros trabalha com apicultura há 20 anos, no estado de São Paulo. Ele veio ao Sul de Minas aprender com Róbson a nova técnica, e já implantou na fazenda em Ribeirão Preto. Por lá outros apicultores também já produzem o polén usando a tela na entrada da colméia."Eu não consegui nenhuma técnica parecida ou similar que desce ao agricultor ou apicultor uma renda de R$2 a R$3 mil reais por mês trabalhando apenas duas horas por dia", diz Leandro.Com o objetivo de aumentar a produção, foi criado em Munhoz o Centro de Tecnologia Apícola. O apicultor aprende a nova técnica e recebe capacitação para atender um mercado em crescimento.Na casa de Maria de Fátima Santos o pólen é consumido há dois anos, misturado nas frutas, no leite e até mesmo puro: "Quando eu tinha problema no intestino eu tomava remédio, chazinho e não aliviava a dor, já o polen alivia, e ele é docinho", explica a dona de casa.A nutricionista Patrícia Rebelo orienta que o ideal é consumir no máximo, cinco gramas de pólen por dia. E que os benefícios do alimento podem mesmo surpreender: "A abelha para captar o grãozinho de pólen tem que envolvê-lo com saliva. E a saliva dela é muito nutritiva. Riquíssima em enzimas, vitaminas, sais mineiras e proteínas. É conhecido por bifinho verde, porque tem grande quantidade de aminoácidos. Os aminoácidos essenciais que o nosso corpo não produz", diz.

Fonte:
17/09/2010 - 12:08

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Exportações brasileiras de mel crescem com boas perspectivas 


Nos últimos três meses, vendas ao exterior aumentaram em comparação com o mesmo período de 2009, ano considerado recorde para o setor 




Regina Xeyla


Brasília - As exportações brasileiras de mel vêm crescendo continuamente nos últimos três meses em valor e volume em comparação com o mesmo período de 2009, ano considerado recorde para o setor. Os aumentos foram de 7,9%, 14,1% e 30,3%, respectivamente, nos meses de junho, julho e agosto. No mês passado, as exportações alcançaram o valor de US$ 4.884.589 e volume de 1.689.093 quilos. Em agosto de 2009 esses números foram de US$ 3.747.484 e 1,48 mil quilos, respectivamente.


O coordenador nacional da Carteira de Apicultura no Sebrae, Reginaldo Rezende afirma que o Brasil tem todas as condições para manter esse ritmo e tornar-se o maior exportador de mel do mundo.


Em agosto, o preço médio do mel, US$ 2,89/kg, foi ligeiramente superior aos US$ 2,88/kg pago no mês anterior, e bem superior aos US$ 2,54/kg pagos em agosto de 2009. O Nordeste foi responsável por mais da metade (51,9%) das exportações, com 877,30 toneladas e uma receita de US$ 2,52 milhões.


Mercado interno



O Piauí assumiu a liderança, com vendas de US$ 1.426.660, respondendo sozinho por mais de um quarto da receita das exportações brasileiras (29,2%). O Estado de São Paulo foi o segundo colocado com US$ 1.134.131, seguido do Ceará, com US$ 790.938.



"O Brasil é o 11º produtor mundial de mel e o 9º maior exportador do alimento. O nosso País tem tudo para ser o maior exportador de mel do mundo. Mas, para isso, é preciso fortalecer o mercado interno e aumentar o consumo do alimento pela população, a exemplo do que já aconteceu com o café e a carne bovina. O brasileiro consome pouco mel", afirma Reginaldo Rezende.


Ele lembra que, segundo informações de 2008 do IBGE, o brasileiro consome, em média, 103 gramas de mel por ano, um dos índices mais baixos do mundo. "Nos países desenvolvidos o consumo é de mil gramas anuais por pessoa", compara.


Reginaldo reitera, contudo, que o Brasil vai assumir cada vez mais uma posição de destaque no mercado internacional. "Temos diversos motivos para acreditar nesse crescimento. Trabalhamos com a abelha africanizada, animal que faz o controle natural de doenças, o que dispensa o uso de antibióticos. Temos um pasto apícola que nos permite ter produção de mel durante os 12 meses do ano. Outra vantagem é que cada vez mais jovens e mulheres estão se inserindo no setor, ao contrário do que vem acontecendo na Europa. Também trabalhamos com maquinário atualizado, com uma base científica avançada e entrepostos modernos", disse.


Destino das exportações


Em agosto de 2010, os Estados Unidos continuaram sendo o nosso principal mercado, com importações de US$ 2.495.150, absorvendo 51,1% do mel brasileiro, ao preço de US$ 2,82 por quilo. A Alemanha foi o destino de 33,7% das exportações nacionais, com US$ 1.645.682 e preço de US$ 2,97 por quilo do produto. O Reino Unido foi o terceiro mercado, absorvendo 7,9% do mel brasileiro: foram US$ 169.647, ao preço de US$ 2,81 por quilo. O melhor preço foi obtido na Holanda, que pagou US$ 3,10 por quilo e importou US$ 127.832 de mel do Brasil.



Fonte: Sebrae
               Site: http://www.sebrae.com.br/integra_noticia?noticia=10698118

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Introdução sobre Apicultura



A apicultura é um ramo da agricultura voltado ao estudo de criação de abelhas produtoras de mel e também ao desenvolvimento de técnicas para explorá-las. O apicultor é o profissional que trabalha nessa área, ele é quem extrai o mel, o própolis, a geléia real, a cera de abelha, dentre outras. 


O apiário é onde se localiza a colméia e para que ele possua um desenvolvimento significativo, dependerá do meio ambiente que está inserido, por isso é de primordial importância que o apicultor o instale em um ambiente que seja preferencialmente seco, onde pegue sol, que contenha água e flora apícola que é o alimento das abelhas, é das flores que as abelhas extraem o néctar e o pólen.


Logo em seguida surgiu a profissionalização e o empreendedorismo agrícola, e desde então o país tem demonstrado um solo fértil para esta atividade econômica. Em 2003, o Brasil entrou para o seleto grupo dos exportadores mundiais de mel, com 64,2% da produção exportada.


O padre Antônio Carneiro, introduziu a apicultura no Brasil, em 1839, quando trouxe algumas colônias de abelhas da espécie Apis Mellifera da região do Porto, em Portugal, para o estado do Rio de Janeiro. Diversas raças foram introduzidas posteriormente, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, por imigrantes europeus.Com a introdução da abelha africana (Apis Mellifera Scutellata) em 1956, a apicultura brasileira seguiu um novo rumo quando, por um acidente, essas abelhas escaparam do apiário experimental e passaram a se acasalar com as abelhas de raça européia, formando um híbrido natural chamado de Abelha Africanizada. 


A alta agressividade destas abelhas africanizadas ocasionou, inicialmente, um imenso inconveniente no manejo dos apiários, e muitos apicultores abandonaram a atividade. Somente com o desenvolvimento de técnicas adequadas, ocorrido nos anos 70, a apicultura passou a crescer e se expandiu para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Assim, logo após veio a profissionalização e o empreendedorismo agrícola, e desde então o país tem demonstrado um solo fértil para esta atividade econômica. Em 2003, o Brasil entrou para o seleto grupo dos exportadores mundiais de mel, com 64,2% da produção exportada. 


Fontes: site Http:www.sebrae.com.br/apicultura 

Site: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/index.htm 


Texto adaptado pelo grupo.



Comentário do grupo: 


Como mencionado no texto do Sebrae logo acima, podemos observar claramente que a apicultura proporciona impactos positivos com uma abrangência social e econômica. As principais vantagens desta atividade são as seguintes: contribui de forma significativa para a manutenção e preservação do ecossistema existente, gera uma quantidade grande de postos de trabalhos e um fluxo de renda para a agricultura familiar melhorando a qualidade de vida do homem no campo. 


O Brasil possui uma flora e clima bastante adequados para a apicultura, tornando-a uma atividade com grande potencial de rentabilidade econômica, mas a atividade ainda é pouco explorada no país, segundo dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ).